sábado, 25 de agosto de 2012

Sentimentos de um louco


Você sempre fora
O meu desejo mais distante
Mais impossível

Tão impossível que nem o mais louco dos loucos
Ousaria sonhar
Mais então por que eu sonho?
Por que não consigo parar de sonhar?

Essa atração traz consigo sentimentos
Os quais achei que não mais sentiria por ninguém
Sentimentos esses que me levam a loucura

Passo as noites sonhando com seu belo rosto
Admirando seu sorriso contagiante
Adorando cada vez mais
Sua personalidade cativante

Mas isso deve parar
Por mais belo que seja o sentimento
Ele nasceu destinado ao fracasso

Não sou o que você quer
Não sou o que você precisa
Não sou o que você merece
Quem me dera um dia ser

Como eu preencheria o seu vazio
Sendo tão vazio quanto?
Como eu resolveria seus problemas
Se mal consigo resolver os meus?

Você queria um homem
Mas eu sou apenas um menino sonhador
Que não merece a atenção que recebe

Ecos das Vozes



Após anos de silencio
Elas voltaram
Aquelas mesmas que me levaram ao precipício
Aquelas vozes

As vozes que me atormentavam no poço
Voltaram para buscar
O seu fugitivo

Vozes estas que só eu escuto
Que me deprimem a cada palavra dita
Cada uma delas ecoando em minha mente
Ricocheteando por meu crânio
Causando estragos e destruindo
O pouco de sanidade que me resta

Tento inutilmente ignorá-las
Mas não há como fugir
Até em meus sonhos sou perseguido
Todos eles direcionados ao fracasso e a tristeza

Por que eu?
Com tantas pessoas no mundo
Porque escolher um ninguém como eu?
Alguém que nada tem e nada merece

Não
Isso são elas falando e não eu
Se bem que já quase não consigo mais 
Distinguir o que é o que

Elas cada vez penetram mais em minha mente
Se unindo a cada pensamento
A cada sentimento
A cada emoção

Aproveito os poucos momentos de lucidez
Para tentar me acalmar 
Tentando pensar numa forma de fazê-las parar

Pois tudo que ouço é
Você não é ninguém e nunca será
Estará para sempre solitário
Você era nosso e sempre será
Ninguém pode te ajudar

Tento manter o controle
Não acreditando em suas mentiras
Mas
E se não forem mentiras?

domingo, 19 de agosto de 2012

Fenix

mais um dia sem companhia
 mais um mês a sôs comigo
mais um ano que passo sozinho

porém, esse ultimo ano me trouxe uma revelação
percebi que não sou forte o bastante
para ir contra a maré

a solidão causada por isso
 é grande demais para alguém como eu
tenho uma escolha a fazer
 continuar assim e continuar solitário
ou me apagar
e me refazer
sendo como aqueles que outrora eu me sentia honrado em não ser

sempre achava que o ano seguinte
 seria melhor que o anterior
pura ilusão minha
só vejo piorar o que já era ruim

agora estou prestes a abandonar a mim mesmo
não sei se ira funcionar
mas devo arriscar

 apesar de que a chance de eu encontrar alguém
que esteja indo na mesma direção que eu
e que esteja disposto a me acompanhar
é rara demais para me dar qualquer esperança

não suporto mais as pessoas
que falam comigo apenas para se dizerem educadas
mas que na verdade odeiam a minha presença
e tem vergonha de mim

simplesmente não suporto mais essa vida assim
por isso vou me destruir
 como a mítica ave fênix
que renasce das cinzas
apos a dolorosa morte
farei isso comigo

pode ser que a infelicidade me siga
nesse novo caminho que planejo seguir
mas possivelmente terei uma companhia
o que me fara esquecer
ou ao menos suportar
a dor que carrego em meu coração

O Fardo



Quanto tempo terá se passado
Lá fora?
Desde aquele fatídico dia
Em que me fechei por trás
Dessas grossas e monumentais muralhas

Lembro-me como se houvesse acontecido ontem
A saída do escuro e fundo poço
Com o qual gastei tempo e esforço para escalar

Impressionado com este “novo mundo”
Com a presença de outras pessoas e da beleza natural
Por ser ingênuo
Segui aquela pessoa aos mais altos céus
Para somente perceber que tudo era ilusão
E que eu caia em queda livre

Naquele dia parte de mim morreu
Aquela pequena e frágil criança não mais existia
Sobrou apenas a parte mais crua e fria
Com apenas uma lembrança
Do que era ser feliz

Já não mais queria saber do mundo
Lutei tanto escapando do poço
Para isso?

Fechei-me totalmente
Com muralhas que me mantém seguro
Das tristezas do mundo
E também de suas alegrias

Muralhas estas que me mantém preso
Junto com os meus demônios internos
Que vivem a me atormentar e a desestimular a vida
Não há para onde fugir

Cada pessoa tem seus fardos
Seus próprios problemas e segredos a carregar
E se este é o meu
Devo sustentá-lo sozinho

Há um frágil equilíbrio no mundo
Tristeza e felicidade devem coexistir
Então devo carregar o meu triste fardo
Sozinho
Para que os outros possam sorrir

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Poeta Anônimo


Estou novamente aqui
Neste alto local
No meio da noite
Observando as estrelas

Olho para as constelações
Das quais se destacam as dos heróis
Imortalizados no céu noturno
E ao mesmo tempo parte de nossa imaginação

Vou até o parapeito
Admirando a fatal distancia até o chão
Já nem conto mais as vezes que vim aqui
Para ficar apenas sozinho
Junto aos meus pensamentos

Quantas vezes eu pensei em me atirar daqui
Dar um fim a esta existência miserável
Afinal quem se lembraria de um poeta desconhecido?
Minha morte não seria nada
E eu poderia me unir aos meus heróis nas estrelas

Muitas vezes isso passa pela minha mente
Será que vale realmente a pena
Continuar a viver?

Aproximo-me cada vez mais da borda
Fecho os olhos
Posso sentir a falta de chão em meus pés
Uma ultima lembrança passa por meus olhos

Meus amigos
Que me ajudaram tantas vezes
Sem que eu nem ao menos pedisse ajuda
E muitas vezes a rejeitasse por orgulho

Vejo então o suposto futuro
Meu funeral
Poucos participam
Porem a tristeza esta clara em suas faces
Como se não entendessem como aquilo pode ter acontecido

Abro meus olhos novamente
O vento em meu rosto parece me chamar para o salto final
Mas agora eu percebo

Mesmo que eu seja um poeta anônimo
Ainda haverá pessoas a lembrar de mim
A lembrar quem eu costumava ser

Devo mais a estas pessoas
Do que uma morte sem sentido
Eles não merecem isto

Afasto-me do parapeito
Olho para meus heróis
E digo
“Um dia ainda me unirei a vocês
Até lá me esperem mais um pouco”

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Realidade Ignorada



Creio que agora entendo
O porquê das pessoas acreditarem em contos de fadas
O porquê de se esconderem da realidade
Fechando os olhos para todos os fatos

A realidade por si só
É algo insurpotavel demais
Crua,
Fria e
Triste

Isto nos deixa com duas escolhas
O caminho difícil
De suportar as tristezas e ser realista
Tentando não se deprimir
Mesmo sabendo que aquilo que você deseja
Nunca acontecera

Ou ir pelo caminho fácil da imaginação
Da fuga do mundo
Ignorando os gritos de desespero
Sendo cego para as lagrimas nos olhos
Fugindo para suas falsas esperanças
Que são a única coisa que o mantém vivo

Loucos são aqueles
Que tentam enxergar a realidade por si só
Mal sabem que assim somente se destruirão

Todos têm um pouco de suas esperanças falsas
Mesmo que por dentro saibamos que são infundadas
O coração precisa sobreviver

Já não me restam forças para continuar resistindo a isto
A depressão do mundo me atinge
Como quando um veneno se espalha por um corpo
Infectando e o destruindo internamente
Centímetro por centímetro

O mundo é um lugar cruel
Um lugar insano
E que por si só
Praticamente não faz sentido

O mundo é o lugar aonde os sonhos vem para morrer

Amor Medroso


Já é tarde da noite
E eu aqui
A esperar pacientemente você

Esperando que você me responda
Querendo simplesmente a sua atenção

Quando nos falamos é como se o tempo se torna menor
Horas se tornam minutos
Minutos se tornam instantes
Nunca há tempo suficiente que me satisfaça

Apaixonei-me novamente
Porem desta vez
Reservo tudo apenas para mim
Nada te digo e nada direi

Meu doce querer secreto
Prefiro me manter quieto
Pois às vezes é melhor fechar is olhos
E sonhar que poderia existir algo
  Mantendo assim a rosa da esperança viva
 Que acordar e ver que a rosa morre
 Devido à impossibilidade

Serei apenas um admirador
Com um amor secreto

Continuo então por isso
A esperar sua resposta
Pois cada momento juntos
E cada conversa informal
são os momentos que me sinto bem

Quanto tempo terei eu de esperar
O seu “oi”?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sonhar

As vezes é melhor sonhar
Que poderia existir algo
 E manter a rosa da esperança viva
 Que acordar e ver que a rosa morre
 Devido a impossibilidade

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Querer & Poder


Não quero o que posso
E quero o que não posso
Creio agora que ha um erro naquele antigo ditado
"Querer é poder"

Querer é apenas um incentivo
Poder ou não
É o que realmente importa

Como eu queria ter
Aqui ao meu lado
Mas há certas coisas
Que você deve desistir apenas

Não que o esforço gasto
Não valeria a pena
Mas sim
Pela simples impossibilidade

Nos humanos somos viciados no proibido
Quanto menor a possibilidade de se ter
Maior o seu vicio e o seu preço

Porem dinheiro não me trara o que quero
Aquilo que quero
Não pode ser comprado
Não pode ser conquistado por poder ou força
Não há valor suficiente que lhe possa ser atribuído

Meu pequeno vicio secreto
Como te quero
Mas como não posso ter o que quero
Só me resta então sonhar