sábado, 25 de agosto de 2012

Ecos das Vozes



Após anos de silencio
Elas voltaram
Aquelas mesmas que me levaram ao precipício
Aquelas vozes

As vozes que me atormentavam no poço
Voltaram para buscar
O seu fugitivo

Vozes estas que só eu escuto
Que me deprimem a cada palavra dita
Cada uma delas ecoando em minha mente
Ricocheteando por meu crânio
Causando estragos e destruindo
O pouco de sanidade que me resta

Tento inutilmente ignorá-las
Mas não há como fugir
Até em meus sonhos sou perseguido
Todos eles direcionados ao fracasso e a tristeza

Por que eu?
Com tantas pessoas no mundo
Porque escolher um ninguém como eu?
Alguém que nada tem e nada merece

Não
Isso são elas falando e não eu
Se bem que já quase não consigo mais 
Distinguir o que é o que

Elas cada vez penetram mais em minha mente
Se unindo a cada pensamento
A cada sentimento
A cada emoção

Aproveito os poucos momentos de lucidez
Para tentar me acalmar 
Tentando pensar numa forma de fazê-las parar

Pois tudo que ouço é
Você não é ninguém e nunca será
Estará para sempre solitário
Você era nosso e sempre será
Ninguém pode te ajudar

Tento manter o controle
Não acreditando em suas mentiras
Mas
E se não forem mentiras?

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