sábado, 2 de maio de 2015

Rosa de Papel


Um certo dia
Encontrei uma rosa
Feita de papel

Era bela
Mesmo que fosse apenas
Um pedaço de guardanapo sujo

E quem a fizera
A transformara em arte

Arte essa tão bela
E ao mesmo tempo
Tão
Finita
De tão curto tempo de vida

Nada pode dizer
Nada pode fazer
Talvez não ira durar mais que um dia

Mas lá esta ela
A rosa feita de papel

Como qualquer obra de arte
Traz sentimentos
Os que a mim vem a tona
São os do amor

Eu poderia descreve-los
Exatamente como descrevo essa rosa de papel

Uma obra de arte
Frágil
Uma peça tão destrutível na mão de gigantes
Podem esmaga-la
Destrui-la
Com um simples descontrole de seus movimentos

Somos gigantes
Segurando uma pequena rosa de papel
Quando estamos amando
E tentamos a todo custo não destruí-la

Mas infelizmente
Não somos criaturas eternas
E em um momento tudo chega ao fim
Assim como a vida desta rosa
E assim é com o amor

Tudo chega ao um fim
Em um determinado momento
Mas creio que que seja isso
Que de principal valor a vida

Pois
O quão preocupados
O quão cuidados
Seriamos com esse amor tão frágil
Se este já não fosse frágil?
Se ele fosse mais resistente até que nos mesmos
Provavelmente esqueceríamos dele

Aquilo que é eterno perde o sentido
Afinal
O que vale mais?

A imensidão?
Estática
Parada
Ou um momento
Curto
Perene
De tanta emoção?

Mesmo que tudo tenha um fim
Não sejas louco
E tente correr para ver o final

Viva
Encontre a sua rosa de papel
Cuide dela o tempo que durar
Pois o tempo que durar
Será todo valor que ela tem no universo

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