Vivem a me falar
Que tomei o caminho errado
Que deveria eu seguir o mesmo caminho que eles
Sem questionar
Acredito eu
Que fiz o certo
Abandonando essas crenças milenares
As quais desde criança
A sociedade me forçava a acreditar
Já não mais lembro
Quando ou porque
Comecei a questionar
Mas assim que comecei
Não mais parei
Até que a pouca fé que me restava
Se extinguir completamente
Como uma vela que se apaga ao seu fim
Finalmente estou livre
Livre do dogma religioso, de sua opressão
Livre para pensar e questionar o que quiser
Livre para decidir por mim mesmo o que é certo e errado
Os questionamentos continuem
Porém
Agora ao invés de serem como gotas no deserto
Eles fluem livres como as grandes correntes do mar
São as questões que movem o mundo
E não as respostas
Principalmente aquelas que não são baseadas em evidências
E sim em pura e ingênua fé
Os monstros e os medos
Que povoavam minha mente
Se provaram falsos
Quando a luz da razão me iluminou
Hoje em dia
Vejo o mundo de outra forma
Tenho conhecimentos que nunca imaginei existissem
Não tenho esses conhecimentos por ser ateu
Mas indubitavelmente
Sou ateu por ter tais conhecimentos.
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