domingo, 26 de fevereiro de 2012

O romantico


Sou algo que outrora
Era considerado bom e muito desejado
Mas que no mundo atual
Em meio a tantos frutos podres
Acabo esquecido e desacreditado

Somos herois indesejados
Vistos como idiotas
Numa luta de irmão contra irmão
E estamos a perder

Eu poderia simplesmente me conformar
E ser como eles
Ser como um fruto podre
Sem dar valor a sentimentos e emoções
Principalmente se não forem meus

Mas meu orgulho por ser como sou
E meu repudio por esta raça
Que faz parte da minha familia
Me impedem 
De me rebaixar a tal ponto

Prefiro continuar a sofrer
A fazer outra pessoa a sofrer por mim
Prefiro continuar solitario
A estar com alguem sem ter sentimento

Prefiro ser sincero
E desacreditado pelos outros
Que ser um mentiroso 
Em meio a uma multidão deles

Melhor ser um romantico desvalorizado
que ser um Don Juan sem valor algum

A guerra nos já perdemos
Mas sera mesmo que os da nossa raça
Estão destinados a extinção?
Seria essa a seleção natural
De um novo patamar da evolução?

Espero que não seja
Um mundo onde o romantismo
Fora assassinado pela promiscuidade

É nojento
E não ouso sequer imaginar
E do jeito que as coisas estão indo
Qual seria o proximo passo?

Espero eu
Que o ceifeiro me leve embora antes
Para me salvar
Dessa horripilante visão

Duvidas Insanas



Ultimamente fico a pensar
No que foi de “nos”
Agora que tudo acabou
Eu tudo que restam
São lembranças
Lembranças que não consigo esquecer

Porque?
Por que ainda me pego pensando em ti?
Se já não mais esta aqui
Por que ainda sonho com seu rosto?
Por que ainda me lembro do seu cheiro doce?
Por que ainda me lembro do seu viciante beijo?
Por que ainda me lembro daquele seu toque suave
A tocar meu rosto?

Por que esse desejo não morre?
Um desejo ardente como uma fênix
Tento matá-lo
Mas ele sempre renasce das cinzas
Ainda mais forte
Por que não posso simplesmente te esquecer?

Tantas malditas perguntas
Tantas que já perdi a conta
E ainda não cheguei a nenhuma resposta
Nenhuma solução

As duvidas e os sentimentos dolorosos
Assassinam minha lucidez
Estou a beira do abismo da loucura
Enquanto beija-me a insanidade

Os sentimentos insanos
Adoecem minha mente
Deixando em fragmentos
A parede que separa a realidade
Do mundo dos sonhos

Tento me manter no mundo real
Mas o inconsciente viciado
Que manter-me no mundo dos sonhos
O único lugar onde ainda a possuo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O lamento do Bardo



Todas essas cicatrizes em meu corpo
Contam por si
A historia de quem eu fui
E quem eu sou

Dezenas de historias
Dos lugares em que passei
Até chegar neste lugar

Mas todas essas historias
São em vão e sem valor
Se você não tiver ninguém para contar

Escalei as mais altas montanhas
Mergulhei nos mais profundos oceanos
Atravessei fronteiras proibidas
E quebrei varias regras

Mas de que tudo isso valeu?
Se agora
Ca eu estou sozinho

Cada honrada cicatriz
Perde seu valor
E tornam-se pesos a se carregar

As incríveis historias que vivi
Já se perdem nas teias da memória

Os lugares onde passei
Já não são os mesmos

Ninguém mais quer saber de minhas historias
Eu como um bardo
Já não serei lembrado por mim
Ou por meus atos
Tudo que temos são as historias de antigos heróis
Que mantemos vivas conosco

Antigos heróis
Antigos amigos
Amigos já levados pelo tempo
Sou o ultimo do grupo que resta

E se não há ninguém para contar minhas historias
Que motivo há para viver?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O prisioneiro



Não sei ao certo quando percebi
mas estou acorrentado
em um lugar escuro

há muitas pessoas em minha volta
presas como eu
sem saber de onde vinham e porque estavam ali

as vezes escuto sons no escuro
sons que desconheço
aterradores para nossa situação
de vez em quando
uma luz toma conta do lugar acima de nos
e formas feitas de sombras são visiveis nas paredes

São os deuses
dizem meus companheiros de carcere
eles dizem que não devo olhar
ou certamente perecerei

mas grande é minha curiosidade
então olho e observo atentamente
aquilo que meus companheiros se negam
por medo da punição divina

um certo dia me vejo livre de minhas correntes
ando aos tropeços e esbarrões 
e por sorte chego em algo semelhante a uma escada

sigo por ela
enquanto a subo
a luz que tanto me intrigava recomeça a aparecer
vou cautelosamente me aproximando

ao olhar diretamente para ela
meus olhos ardem e quase caio
mas me mantenho em pé

apos minha visão se acostumar
vejo um homem segurando uma tocha
ele pareçe simples e esta com um sorriso no rosto
ele quer que eu o acompanhe

o sigo e vou olhando em volta
o mundo outrora negro em que vivia
iluminados agora pela luz daquela tocha
ela me trazia seguranças e afastava meus medos

vejo uma forte luz ao longe
tão brilhante
que tenho medo e hesito em seguir em frente
o homem continua andando como se aquilo nada fosse
a sede de saber toma conta de meu ser
e ando em direção a ela

ao sair
vejo um novo mundo
onde o céu não é escuro
onde ninguem esta preso a nada
todos livres

um mundo de descobertas a serem feitas
aventuras a serem vividas
conheçimentos a seremm aprendidos

apos um tempo com essas pessoas
minha mente se expande
e me lembro dos meus antigos companheiros

vou atras deles com uma tocha
esperando que ela levasse a eles 
a mesma segurança que eu senti
mas eles não me olham
não me ouvem
tem medo
medo que seus deuses punam eles

tento falar com eles
me ignoram
volto triste para o novo mundo

la meus novos amigos me consolam
aprendo que não podemos forçar as pessoas
elas devem se livrar das correntes imaginarias sozinhas 
e escolher seu proprio caminho
só podemos indicar a direção
seguir ou não é com eles

Costumes



Tão rapido quanto começou
Rapido chegamos ao fim
E agora cá estou eu sozinho

Envolto em meus pensamentos
Tentando imaginar onde erramos
E o que poderiamos ter sido feito
Para remediar isso

Sinto saudades do nosso tempo
Dos nossos costumes
Das milhares de mensagens trocadas
Das longas chamadas durante a madrugada

Olho para meu telefone
Seu numero em minha cabeça
E meu coração me pedindo para que eu te ligue

Mas não sei se devo
Você ja esta em outra

Tento então me desapegar desses costumes
Mas ainda passo o dia 
Esperando suas mensagens que não virão
E não durmo a noite
Esperando que me ligue
Mas sei que não vai ligar

É dificil desapegar
Mas agora você esta em outra
E não vai voltar
Tudo que me resta então é superar

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Queda ao por do sol



antes eu era apenas uma criança
a olhar o ceu 
e ver as pessoas voando
com seus aviões de amor

me imaginava voando como um passaro
junto com eles
mas eu estava preso ao chão

la estava eu a olhar
todos os dias
fizesse chuva ou fizesse sol
fizesse frio ou calor

até o dia em que você apareceu
me libertou de minhas amarras
me fez um adulto
e me levou para voar

você me ensinou sobre as coisas
me mostrou lugares desconheçidos a mim
me fez feliz

até que um certo alguem melhor que eu chegasse
para que todas as promessas fossem quebradas
e você me ejetasse para fora
sem pensar 2 vezes

agora eu estou a cair
sem nada para me salvar
tudo que me resta é esperar o fim

olho para cima 
e vejo vocês voando juntos em meio aos outros
olho para baixo e vejo o chão se aproximando 
cada vez mais rápido
o vento em meu rosto força as lagrimas que tanto segurei
sairem como uma fonte

agora olho para frente 
e vejo o por do sol
uma ultima bela visão 
antes do triste fim

Yin e Yang



luz e trevas
dia e noite
yin e yang

2 forças opostas
porem semelhantes
e unidas por um misteriosa e poderosa força
que os mantem em um equilíbrio

assim somos
totalmente diferentes, e muito semelhantes
e unidos por nosso amor

quando estou com você me sinto completo
não sou mais apenas mais um no mundo
percebo que sou importante para alguém

você é minha luz
que me iluminou
na escuridão da solidão
e que me iluminou 
para fora dos meus medos

eu para você sou como o escuro
silencioso
calmo
acalentador
secreto
e misterioso

separados somos coisas simples
mas muito importantes por si 
mas unidos nos somos algo maior
algo que ainda desconheço
mas que quero muito descobrir
junto com você