terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O prisioneiro



Não sei ao certo quando percebi
mas estou acorrentado
em um lugar escuro

há muitas pessoas em minha volta
presas como eu
sem saber de onde vinham e porque estavam ali

as vezes escuto sons no escuro
sons que desconheço
aterradores para nossa situação
de vez em quando
uma luz toma conta do lugar acima de nos
e formas feitas de sombras são visiveis nas paredes

São os deuses
dizem meus companheiros de carcere
eles dizem que não devo olhar
ou certamente perecerei

mas grande é minha curiosidade
então olho e observo atentamente
aquilo que meus companheiros se negam
por medo da punição divina

um certo dia me vejo livre de minhas correntes
ando aos tropeços e esbarrões 
e por sorte chego em algo semelhante a uma escada

sigo por ela
enquanto a subo
a luz que tanto me intrigava recomeça a aparecer
vou cautelosamente me aproximando

ao olhar diretamente para ela
meus olhos ardem e quase caio
mas me mantenho em pé

apos minha visão se acostumar
vejo um homem segurando uma tocha
ele pareçe simples e esta com um sorriso no rosto
ele quer que eu o acompanhe

o sigo e vou olhando em volta
o mundo outrora negro em que vivia
iluminados agora pela luz daquela tocha
ela me trazia seguranças e afastava meus medos

vejo uma forte luz ao longe
tão brilhante
que tenho medo e hesito em seguir em frente
o homem continua andando como se aquilo nada fosse
a sede de saber toma conta de meu ser
e ando em direção a ela

ao sair
vejo um novo mundo
onde o céu não é escuro
onde ninguem esta preso a nada
todos livres

um mundo de descobertas a serem feitas
aventuras a serem vividas
conheçimentos a seremm aprendidos

apos um tempo com essas pessoas
minha mente se expande
e me lembro dos meus antigos companheiros

vou atras deles com uma tocha
esperando que ela levasse a eles 
a mesma segurança que eu senti
mas eles não me olham
não me ouvem
tem medo
medo que seus deuses punam eles

tento falar com eles
me ignoram
volto triste para o novo mundo

la meus novos amigos me consolam
aprendo que não podemos forçar as pessoas
elas devem se livrar das correntes imaginarias sozinhas 
e escolher seu proprio caminho
só podemos indicar a direção
seguir ou não é com eles

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