quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pequenina


Quem diria que num mundo caótico
Em um universo em eterna transformação
Em que tudo é e não é

Eu encontraria em meio a bilhões de pessoas
Cada uma totalmente diferente das outras
Uma pessoa estranhamente perfeita
Alguem como você

Que se tornou uma amiga
Na verdade
Muito mais que apenas uma amiga

Uma companheira
Um porto seguro nesse maldito mar de decepções

Você me entende como mais ninguem
Sabe exatamente o que penso e digo
Mesmo quando não digo nada
E até se nem eu souber do falo

Como se tivesse um manual
Da minha mente e sentimentos

Que nossa amizade
Seja mais resistente que o mais duro dos metais
Calorosa como o sol
E eterna enquanto durar nossas vidas

Espero que estejamos sempre juntos
E ainda que não estejamos
Não importa a distancia ou o tempo

Você é
E sempre será
A minha Pequena.

Infancia


Me vejo a rever
As antigas fotos
Viagens, festas
Momentos

Momentos que agora fico a lembrar
Aqueles dias
Em que a vida era mais simples
Em que a depressão ainda não me dominava

Dias felizes
Quando aquele bobo sorriso no rosto
Ao brincar com os amigos
Era tão frequente quanto respirar

Como pude eu
Deixar morrer esta criança que havia em mim
Em que momento tudo aquilo acabou?

A criança morre
Para o adulto nascer
O que antes era simples
Se torna intrisicamente complicado
E o sorriso se torna cada vez mais escasso

Queria eu voltar ao passado
Resgatar aquelas lembranças
Vive-las uma vez mais
Quem me dera nunca ter crescido

O que diria aquela criança
Se visse aquilo que me tornei?