segunda-feira, 7 de junho de 2010

No fundo do poço


Algum tempo se passou
Ainda me encontro nesse maldito poço
Superei minhas expectativas tendo alcançado o ponto onde estou

Minhas mãos estão cheias de calos
E meu coração cansado
Estou perto do topo, já consigo sentir a luz em meu rosto.

Mas novamente fui iludido
E pelo eu próprio coração
A decepção me afunda ainda mais
Olho para baixo
A escuridão pronta para me engolir de uma só vez

Tento em vão me segurar às paredes
Elas então se desfazem em minhas mãos
Enquanto caio, observo a luz que tanto tentei alcançar.
Tão bela e tão distante
Olho para ela enquanto posso
Não sei se a verei de novo
Ela cada vez fica mais e mais distante
Até que não mais a enxergo

Acordo atordoado
Olho em volta
Só há escuridão
Estou de volta no fundo do poço

Quantas vezes eu terei de escalar?
Até alcançar a saída?
Estou cansado de tentar e só falhar
Repetidamente

A escuridão fala comigo
Ela é minha única companheira
E nunca me deixara ir
Enquanto ela puder impedir

Decido então ficar aqui
Este é meu novo lar
Aqui ficarei até que alguém me salve
Mas se ninguém vier
Tudo bem
Por mais que eu odeie o lugar onde estou
Já estou acostumado a ele

2 comentários:

  1. Encha o fundo do poço com as suas lágrimas e nade até a superfície.

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  2. Olha que interessante. Estava buscando na caixa da memoria hj (15-10-11) o dia em que nos conhecemos, e esse foi o 1° poema que li seu. Foi amor a 1ª leitura.
    Te amo a cada momento Amigo;

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