segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Medo do Fim



Antigamente eu acreditava que nunca sentiria isso

Achava que nunca receber amor

Me achava uma anomalia do universo

Destinado a solidão



Pensava estar amaldiçoado

A estar sempre sozinho

A estar sempre no escuro

Parecendo uma fera selvagem

Que inconscientemente afasta os outros



Mas você

Você veio com um modo diferente

Você veio com palavras que nunca pensei em ouvir

E você me faz pensar em coisas que nunca passaram pela minha cabeça



Quem diria que uma garota tão linda e meiga

Se apaixonaria pela fera?

Aquela a quem todos rejeitam e mantem longe

Com medo



Você viu através de mim

Viu como eu era por dentro

E gostou de mim ignorando como eu era por fora



De inicio tive medo

Medo de novamente abrir o coração

Após demorar tanto para prende-lo

Medo de que me machucasse novamente



Porem uma frase veio a minha mente

“ A vida é feita de oportunidades,  algumas só vão aparecer uma única vez em sua vida, não as jogue fora por medo.”

Juntei então a pouca coragem que havia em mim

E declarei como pude meu amor



Quando ouvi suas duvidas

Foi como se as poucas rosas da minha esperança morressem lentamente perante mim

Mas algo me manteve firme

Me disse para seguir em frente

Segui esse conselho e não desisti



Para cada duvida sua

E para cada medo

Eu tinha a resposta



Como quando disse:

“ Tenho medo do fim”

E eu apenas respondi

“ Não tenha medo do fim,

Tudo tem um fim,

E por isso devemos dar valor ao presente

E aproveitar cada segundo que pudermos.

Para que no dia do fim

Possamos dizer que não nos arrependemos de ter começado.”



Mas agora meu medo é outro

Tenho medo de não ser bom o suficiente

Tenho medo de não gostares de mim

Medo de que seja tudo um sonho louco



Mas quando ouço sua voz

Não há medos

Não há inseguranças

Há apenas eu, você e o amor



E quem sabe algum dia

Você me liberte da maldição de fera

e eu possa ser o seu príncipe encantado

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Morte e Vida

“Morte e Vida”


Já me perguntaram varias vezes
“Não tens medo da morte?
E do que há depois dela?”

E a minha resposta é:
Não tenho medo da morte
Sei o quão triste pode ser
Mas a aceito

Tudo tem um ciclo
Começa
Cresce
E morre

Se eu morrer hoje
Alguns ficariam tristes com minha partida
Alguns comemorariam
Mas o mundo em si
Não pararia

E tudo o que um dia me formou
Transformara-se em algo novo
Cada molécula de elemento
Que um dia me formou
Após a minha partida formara outro ser
Que quando morrer
Alimentara e formara outros seres
E assim infinitamente

Somos apenas pequenos e insignificantes seres
Em um pequeno ponto azul no infinito
Não somos nada
Mas ao mesmo tempo somos tudo

Sempre haverá um fim
E para mim não há nada após o fim
E nem quero que tenha algo após o fim
Pois não precisarei

Pois vivo minha vida com intensidade
Cada simples momento
Procuro aproveitar
Pois sei que não há como voltar
E não fujo dos momentos ruins
Pois sei que não há como avançar e escapar

Apenas vivo
Um segundo de cada vez

Muitos são os que por medo do desconhecido
Inventam historias
Seja para confortar
Seja para aterrorizar

Não mais escuto mais historias
Eu mesmo faço a minha
E baseada em fatos reais

sábado, 1 de outubro de 2011

Dilema do Apaixonado


O amor pode ser o melhor dos sentimentos
Porém também pode ser o pior
Dependendo da situação

Nada é tão frustrante quanto
Amar alguém e essa pessoa nem saber se sua existência
Ou está a grandes distancias
Nada é tão deprimente quanto
Amar e não ser amado
Ou ter a duvida se a pessoa realmente te ama
Como você para com ela

Amar ou não?
Infelizmente não somos nos que decidimos isso
E sim nossos sentimentos
E quando estes querem algo
Não há força no mundo que os deterá facilmente

Quem dera controlar os sentimentos
Ser frio nos momentos de ser
E ser sentimental nos momentos devidos

Mas temos de nos conformar
E seguir em frente
Mesmo que isto nos doa
Estou agora perante um dilema
Ama-me ela realmente?
Ou estaria eu sendo enganado pelos meus sentimentos novamente?

Será que me iludi em achar que estava fora do poço
E tudo isto não passa de um sonho?
Um longo e torturante sonho
E eu ainda estaria no poço
Sozinho novamente

Todas as respostas a essas questões são fáceis de conseguir
Mas falta-me coragem
Para assumir o que sinto perante ti
E esperar seu julgamento

Tenho medo
Medo da resposta
Pois assim como pode ser a porta para a felicidade
Pode ser a porta que me acordaria deste belo e torturante sonho

Por que as coisas não podem ser mais simples?
Por que sou obrigado a ter essas duvidas


Perguntar ou não
Eis a questão
Arriscando cegamente
Como ao jogar uma moeda
Porem ao invés de “cara” ou “coroa”
Jogamos com “sim” ou “não“

Escuto dentro de mim
Uma voz conhecida que me diz que este dilema é desnecessário
E que eu deveria acordar
Já voltei a escutar as vozes do poço
As mesmas que haviam me levado a loucura.

Quem dera eu tivesse coragem e apenas perguntasse a você:
Você realmente me ama?
Ou tudo não passa de uma ilusão criada pela minha mente