segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

“Quem sou eu?”



Quem sou eu?
O que sou eu?
E afinal
O que estou fazendo aqui?

Sinto que sou diferente
Daqueles a quem chamo de amigos
Dentro de mim
Sinto que sei que isso é verdade
E que não posso mudar isso

Serei eu apenas mais um na multidão?
Ou sou diferente por algum propósito que desconheço?
Seja o que for
Por que isso recaiu sobre mim ainda é um mistério

Nem eu mesmo me conheço
E a poucos permito que me conheçam realmente
É como se eu tivesse varias mascaras
E cada uma me faz uma pessoa diferente

Não faço isso porque quero
Não porque sou falso
Mas porque é preciso

Não confio nas pessoas o suficiente
Para expor meu verdadeiro eu
Pois sei que seria mais excluído do que já sou

Uma vez ouvi de alguém que nos humanos
Temos a mania de sempre achar nossos problemas
Maiores do que a da pessoa ao nosso lado

E esse é o maior legado da humanidade
O individualismo egoísta
E também o seu maior erro

Espero um dia conseguir achar a resposta
Para a eterna pergunta que me consome:
Quem sou eu?

domingo, 10 de janeiro de 2010

“Anjos”


Estou preso
Num mundo de preocupações e problemas
Onde quase não há tempo para seguir os sonhos
E ser livre

Somos presos por gaiolas
Que nos mesmos construímos
Para nos proteger do desconhecido
Mais que também
Tiram-nos a liberdade

Queria eu ser como os anjos
Que voam num céu cheio de liberdade
E sem nenhuma preocupação

Livres para percorrer o mundo
E ir aonde quiser
Quando quiser
Apenas abrindo suas belas asas
E tomando vôo
No céu sem fim

Pode parecer um desejo bobo
Mais na verdade
Ele esta no coração de todos
Que tem o espírito aventureiro e desbravador
E tem a vontade de conhecer
O que antes era considerado selvagem

Se o Criador estiver me ouvindo agora
Tudo o que peço
É a liberdade dos anjos
Que apenas vivem

Quando eu estiver lá em cima
Somente terei um pedido
“de-me asas”

"Sozinho"




Todos esses anos me fizeram amargo
Milhares de mentiras congelaram meu coração
E acho que não consigo mais levar isso à frente

Estou aqui sem ninguém
Somente com minha solitária mente
Estou aqui sem ninguém
Nada tenho para me consolar,
Nem mesmo sonhos
E esta noite só eu restarei aqui

Enquanto ando nesta rua solitária
As milhas continuam a se passar
Passo pelas pessoas
Ela vem e vão sem ao menos dizer “oi”
Ouvi que essa vida é supervalorizada
E espero confirmar isso enquanto ando nesta rua solitária

As vezes sinto que não tenho amigos de verdade
As vezes sinto que só posso confiar em mim mesmo
É aqui que vivo
Uma cidade de diferenças
Mesmo estando sozinho
Nunca mais chorarei

Ando pelas ruas
Sem saber para onde ela me levará
Ela é minha companheira
Minha sombra é a única coisa que me segue
Meu coração sombrio e congelado força um batimento
Devo pará-lo
Ou me machucarei de novo
E não sei se agüentarei outra decepção

Não quero outra vez me sentir rejeitado
Não quero outra vez me sentir sozinho e impotente a questão

Como posso me sentir sozinho
No meio de tantos amigos,
No meio do mundo?

Vivi pouco eu sei
Mas o pouco que vivi foi o bastante
Para me conhecer
Quanto tempo mais terei de viver
Até que entenda a mente das outras pessoas ao meu redor?

Tenho muitas perguntas
E poucas respostas
Mas continuarei a procurá-los
E espero que ao achá-las
Eu possa encontrar aquilo que me falta